janeiro 04, 2011

Alterações Hormonais na Gravidez

A placenta é um órgão altamente vascular que se desenvolve ao longo   das primeiras semanas de gravidez para fornecer ao feto oxigénio, nutrientes e outras substâncias. A placenta também produz hormonas que são importantes para manter a gravidez. As quatro hormonas principais produzidas pela placenta são hCG, progesterona, estrogénios e lactogénio placentário humano (human placental lactogen,  HPL).
Gonadotrofina Coriónica Humana (Human Chorionic Gonadotropin, hCG)

O hCG é importante no início da gravidez e serve para manter o corpo lúteo até que a placenta seja capaz de assumir completamente a secreção da progesterona e dos estrogénios.
Progesterona

A progesterona ajuda na implantação do embrião, dá suporte e espessa o endométrio. Além disso, a progesterona age estimulando o desenvolvimento das glândulas mamárias envolvidas na produção de leite. Acredita-se também que a progesterona desempenhe um papel na supressão da resposta imunológica materna aos antigénios fetais. A progesterona é produzida pelo corpo lúteo no início da gravidez. Por volta da sétima semana de gravidez, a progesterona está a ser produzida tanto pelo corpo lúteo quanto pela placenta. Em torno da semana 12, a secreção de progesterona é totalmente realizada pela placenta. No final da gravidez, acredita-se que a progesterona desempenhe um papel no parto, o processo que leva ao nascimento.
Hormonas Femininas Durante a Ovulação

female hormones during ovulation

Estrogénio


Os Estrogénios estimulam o crescimento uterino durante a gravidez para dar suporte ao feto em crescimento. Os estrogénios também servem para estimular o crescimento das mamas. Durante a gravidez, os níveis de estrona e estradiol aumentam para aproximadamente 100 vezes os níveis normais e os níveis de estriol aumentam cerca de mil vezes, como mostrado na figura abaixo.
Lactogénio Placentário Humano (Human Placental Lactogen,HPL)

HPL é o hormona que serve para estimular o crescimento e o desenvolvimento do tecido mamário na preparação da lactação e também desempenha um papel no metabolismo durante a gravidez.
Lactação

A oxitocina é o hormona que é libertada da hipófise posterior. O papel desse hormona não está muito claro, mas está relacionado com o início do parto e faz com que o útero se contraia até o seu tamanho anterior. Ele também desempenha uma parte importante na indução da secreção do leite nas mamas durante a lactação (isto é, ele faz com que as mamas ejectem leite).
O hormona prolactina é libertada pela hipófise anterior. A prolactina parece agir directamente sobre os tecidos-alvo sem estimular outras glândulas e, como as gonadotrofinas, está muito relacionada com o controle da reprodução. A prolactina, no indivíduo do sexo feminino, estimula a mama a produzir leite. Quando está presente em grandes quantidades, também inibe a ovulação e o ciclo menstrual.

Após o parto, a secreção destas duas hormonas é estimulada pela acção da sucção do bebé sobre a mama. Quando o bebé é posto a mamar pela primeira vez, recebe um líquido espesso chamado   colostro, o qual é particularmente rico em proteínas, inclusive anticorpos maternos, que ajudam a proteger o bebé recém-nascido de infecções. O verdadeiro leite não aparece até dois ou três dias após o nascimento. O bebé, ao sugar a mama, estimula a produção de leite, de modo que as mamas ajustam-se às solicitações do bebé; a produção de leite aumenta gradualmente à medida que o bebé cresce e quer mais.
Menopausa

O envelhecimento dos ovários resulta numa insuficiência gradual de resposta dos folículos ao estímulo com FSH e a secreção de estrogénio declina. À medida que o nível de estrogénio continua a cair, há menos inibição por feedback da glândula hipófise e, assim, algum aumento na produção de FSH ocorre rumo ao final desta fase da vida (climatério).

Por volta da mesma época, o pico de LH do meio do ciclo é perdido e ciclos menstruais anovulatórios ocorrem. À medida que a função ovárica declina, a ovulação cessa completamente. A ausência de corpo lúteo resulta numa redução na secreção de progesterona e, eventualmente, os níveis de estrogénio tornam-se tão baixos que a menstruação se torna irregular e, finalmente, cessa. Neste ponto, os níveis de FSH estão muito altos. Devido a isso, a FSH foi, até recentemente, extraída da urina de mulheres pós-menopáusicas para produzir preparações de FSH/hMG usadas no tratamento   da infertilidade.

Os sintomas de menopausa estão relacionados com os níveis de estrogénios em queda e com a libertação associada da função da hipófise. O aumento na secreção de FSH pode estar associado com um aumento na secreção de algumas outras hormonas hipofisárias, incluindo o hormona estimuladora da tiróide(TSH) e a hormona adrenocorticotrófica (ACTH).

Um aumento na TSH em associação com o desequilíbrio entre estrogénio e gonadotrofinas, frequentemente, resulta em afrontamentos e sudorese excessiva, devido à instabilidade vasomotora. A labilidade emocional pode também estar relacionada ao efeito da TSH nos seus órgãos-alvo. Um aumento no ACTH resulta principalmente numa secreção excessiva de androgénios adrenocorticais, o que causa hirsutismo (particularmente observável na face).

A insuficiência na produção de estrogénio, independente dos seus efeitos indirectos através da hipófise, reflecte-se primariamente sobre os órgãos sexuais secundários. As mamas tornam-se menores e perdem a sua forma, a vulva e tecidos vaginais tornam-se menos vasculares e o seu epitélio mais susceptível à lesão e infecção. Pode ocorrer vaginite atrófica com lacerações, dor e hemorragia. Ovário e útero atrofiam e o endométrio desaparece completamente.

Os baixos níveis de estrogénio após a menopausa podem também estar associados com osteoporose, com o resultante enfraquecimento dos ossos que sustentam o peso, particularmente as vértebras e o colo do fémur.

A maior parte dos sintomas associados com a menopausa podem ser melhorados por terapia de substituição hormonal prolongada.
 

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