Mais uma linda história de vitória... Acreditem sempre! Deus está no controle! Obrigada por compartilhar seu relato conosco Lu...
Autora: Luciana Julio em 27/10/2010 (e-mail)
Espero que minha história edifique sua vida!
Com meses de casada eu e meu marido começamos a pensar a engravidar e com o passar dos dias o pensamento e a vontade ia crescendo em nosso coração...
E decidimos que quando fizéssemos 1 ano começaríamos a tentar, mas com alguns dias percebemos que a bolsa escrotal do meu marido tinha alterado o tamanho, achamos que fosse uma varicocele e não esquentamos muito, mas os dias foram passando e com isso um dos seus testículos redobrou o tamanho, decidimos ir ao médico, tínhamos quase certeza de uma varicocele..
Depois de uns exames de sangue e um US levamos em seu urologista que sem voltas disse em bom som: isso é um tumor, você está com câncer...
Nossaaaa!! eu começei a chorar na frente do médico e muito nervosa porque naquele momento veio em minha mente, a minha a vida " começa a acabar agora"
(mas na realidade ela estava começando)
Perguntamos a ele o que deveríamos fazer, e ele disse que meu marido tinha que fazer uma cirurgia para retirar o testículo juntamente com o tumor, e deveria ser urgente...
não tínhamos condiçoes para fazer uma cirurgia com esse médico(pois é muito caro)
Ele pediu para que voltássemos no dia seguinte, pois ele iria pedir a um amigo para nos atender e ver o que poderia fazer por nós... ( lembrando que eu só tinha 1 ano de casada, estava e estou em lua de mel rsrs)
voltamos no outro dia, e esse (o novo médico) nos atendeu, e nos deixou um pouco mais calmos,e nos encaminhou para o hospital do câncer de nossa cidade...
Que luta, quantas lágrimas... noites em claro sofrendo a dor de ver quem você ama passando por isso, afinal somos um e posso dizer que eu tive câncer, não só ele.
Nunca imaginamos que isso fosse afetar o nosso sonho de ser pais.
fizemos todos os processos para que meu marido começasse a se tratar, quase todos os dias iámos ao hospital, na segunda semana meu marido fez a cirurgia, ocorreu tudo bem, graças a Deus, depois de 1 semana ele foi retirar os ponto e fazer novos exames...
na semana seguinte levamos os resultados e o médico chegou a conclusão que ele faria algumas sessões de Quimioterapia, o médico nos perguntou se tínhamos filhos, dissemos que não, mas que queríamos ter, ele disse que a Quimio cortaria qualquer possibilidade, pois o medicamento é muito forte e "mataria os sémens para sempre"
e meu marido já não tinha mais um testículo, e nos exames ele diagnosticou vários pequenos tumores em seu abdomen e tórax, MEU DEUS QUE DESESPERO!!!
meu marido inconformado me disse: eu tenho certeza que não tenho nada no abdomen e nem no tórax, ele havia me dito que Deus tinha falado com ele que isso era apenas para confundir os médicos. Então o Oncologista nos disse o seguinte, vou dar 1 semana para vocês fazerem o congelamento de sémen, pois seu marido precisa fazer a Quimio urgente, AI MEU DEUS!! QUE DESESPERO!
sem condição financeira decidimos de alguma maneira fazer, pois achavamos que era a única solução, fomos abençoados e fizemos o congelamento...
Voltamos ao Oncologista depois de feito esse processo, ele disse para voltarmos na semna seguinte para marcar as sessões de Quimio.
Assim fizemos, na semana seguinte ele nos disse: Eu não poderei ainda marcar as sessões porque EU ESTOU EM DÚVIDA SOBRE O RESULTADO DOS POSSIVEIS TUMORES... ( Deus começou a cumprir aquilo que ele havia dito ao meu marido)
Aí eu disse: como assim Dr.??
Ele ficou tão sem reação e ao mesmo tempo sem graça que nos encaminhou para outro médico, mas não teve jeito voltamos para ele.
Ele disse o seguinte: cheguei a conclusão de que você não tem mais tumores... mas estou tão perplexo que vou ter que discutir seu caso com toda junta médica do hospital.
Numa terça-feira ele disse que o caso do meu marido iria estar na "mesa redonda".
Na semana seguinte fomos lá, e chegaram a conclusão de que realmente ele não tinha mas os tumores(GLÓRIA A DEUS!!)
Eu disse poxa Dr. gastamos dinheiro e agora?? ele riu e disse: mas vou passar 2 sessões bem fraquinha de Quimio, apenas para dar uma limpada no sangue.
Ele fez a Quimio, não teve nenhuma reação.
Então achavamos que só poderiamos engravidar com inseminação.Depois de um ano parei de usar "camisinha" pois tinha a certeza que não engravidaria, e sentimos o desejo de parar de pagar o aluguel do congelamento, pois dissemos a Deus: Senhor! queremos um filho, mas que seja natural, sabemos que o Senhor pode... e por isso, acreditando em ti, vamos parar de pagar algo que o Senhor pode fazer, com 1 mes sem uso, minha menstruação atrasou,o que não era raro... fiz um exame de faramárcia EEE?? negativo.
Mas com o passar dos dias começei a me sentir enjoada e indisposta, numa manhã de sabado amanheci vomitando, minha mãe me disse vou até sua casa e levarei uma novo exame, fiz o exame EEE?? POSITIVO Uhul!! mas fiquei meio sem sentir as pernas e a chorar muito pedi outro exame, que feito deu?? POSITVO... liguei p/ meu marido ele veio
e eu mostrei os 2 exames p/ ele, ele me abraçou e disse: EU JÁ SABIA!
eu fiquei com um misto de sentimentos na hora, pois havia poucos dias que eu tinha feito uma cirurgia para extraír de uma só vez meus 5 sisos (é, em mim nasceu mais 1 rsrs)
tomei vários remédios (muiiiitos, muitoosss) fiz muito esforço, carreguei peso, mas quando é de DEUS nada pode influenciar. Fui a minha Drª e ela me pediu um Beta, que veio confirmando a minha gravidez, hoje estou com 5 meses e meio, o nome do meu milagre é Pedro ( enquanto escrevo ele está aqui pulando no meu ventre rsrs!!)
Ele virá ao mundo em fevereiro de 2011 sabem para que??
Para que todos vejam e saibam,considerem e juntamente entendam que a mão do SENHOR fez isso...(IS.41:20)
Oi amadas!! Demorei um pouquinho para postar novamente mas cá estou!! E hoje para dar início as postagens do tema: Histórias de Vitória. Escolhi o relato da minha querida amiga Glau para estreiar... Com certeza seu positivo foi um dos mais lindos que já presenciei... Sou grata por ter tido a oportunidade de acompanhar de perto esse milagre... Além disso a Glau escreve maravilhosamente bem... você entra na história, imagina tudo nos mínimos detalhes... é uma delícia de ler...
Leia de coração aberto... Renove sua fé... tenho certeza que quando terminar você estará com todas as esperanças renovadas e vai acreditar ainda mais que seu positivo está perto...
Autora: Glau em 02/02/2009 (comunidade Diário da Tentante - orkut)
No meu coração, planejei engravidar em abril de 2007... mas em nenhuma de minhas súplicas ao Senhor, após me derramar com coração aberto e fragilizado, deixei de concluir a oração pedindo “mas que seja conforme a sua vontade”.
Com o tempo, além de pedir que acontecesse conforme a vontade do Senhor, clamava para que Ele, do alto de seu amor infinito e misericórdia constante, me ajudasse a compreender o seu tempo, aceitar a espera com paciência e sabedoria, para que eu fosse lapidada como pedra bruta, moldada pelo Pai para aprender o que o Senhor tinha reservado para mim.
Foram muitas as vezes em que, em lágrimas, refletia à luz de Salmos... e parecia que o salmista Davi havia escrito num momento de sentimentos semelhantes aos meus:“Senhor, a ti clamo, dá-te pressa em me acudir; inclina os ouvidos à minha voz, quando te invoco... pois em ti, Senhor Deus, estão fitos os meus olhos; em ti confio; não desampares a minha alma”.
Ansiedade? Sempre soube que tinha... mas ela se intensificou quando me deparei com a IMPOTÊNCIA... eu, que sempre havia planejado e colocado em prática tudo em minha vida, me via agora sem condições de executar o que mais queria no mundo... determinar o momento de ter um filho... Estava, realmente, de corpo e alma, experimentando a dependência no Senhor... a Ele pertence a criação... Ele dá o dom da vida... ninguém mais tem poder sobre isto... Não foi sem muitas lágrimas, sem muitos questionamentos que aprendi a me derramar diante de Deus e esperar o seu tempo com menos sofrimento. Mas também não me cansava de clamar pela misericórdia do Pai, como uma filha que depende exclusivamente de sua graça para sobreviver.
E cresci na fé, amparada pela certeza de que servimos ao Deus do Impossível. Quando entrei na comunidade “Diário da Tentante” e me deparei com um milagre atrás do outro, era como se em cada um, Deus falasse aos meus ouvidos: “Apenas confie em meus planos”.
Com seis meses de tentativas, parece que a verdade física se colocou diante de nossos olhos: meu marido com pouquíssima quantidade de stzds, numa conclusão de varicocele em estágio avançado... insuficiência hormonal em progesterona – por algum motivo, mesmo ovulando, eu não produzia a quantidade deste hormônio que seria necessária até para segurar uma gravidez... e isto ocasionou atrasos menstruais... e, com eles, a seqüência de negativos e muitas, muitas lágrimas, como castelos de sonho que se desmoronavam...
Era como se a cada nova dificuldade, uma voz me dissesse para desistir... que isto não era para mim, que não ia dar certo, que devia me focar em outros assuntos, como na minha vida profissional e desistir do sonho de ser mãe... Mas a voz que falava mais alta em meu coração era voz de quem habita em mim: o Espírito Santo de Deus. E Ele tocava o meu coração com uma força que hoje entendo que NUNCA veio de mim... mas sim do Pai... porque havia a certeza no meu coração a cada diagnóstico que dizia que seria impossível: É impossível, mas Deus pode”.
Meditava nas histórias bíblicas de promessas a mulheres inférteis... e Deus as cumprindo de maneira sobrenatural... Como Ana, me colocava aos pés do Senhor, clamando para que o Pai me desse filhos... “Pela fé, Abraão – e também a própria Sara, apesar de estéril e avançada em idade – recebeu poder para gerar um filho, porque considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa” (Hb. 11:11)
Um ano depois de tentar, já começava a compreender melhor e aceitar o que o Senhor estava reservando para mim. “Porque há esperança para a árvore, pois mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova” (Jô 14:7-8)
Passei a sofrer menos por este assunto, mas não deixava de pensar um só momento no grande desejo de ter um filho, de ser mãe... às vezes ainda me pegava chorando pela ausência de uma vida que não conhecia, que ainda não existia... como pode um amor tão grande, que se adianta à concepção, que se adianta a nascimento?... Simplesmente um amor inexplicável... mas plantado por Deus em meu coração...
De todo o meu coração, eu sentia que não era o momento, embora o buscasse com toda a minha força... Usamos três ciclos de indutores orais... o mesmo, eu e meu marido... Mas, no fundo, no fundo, relaxei em paz porque sabia que ainda não seria daquela forma... e não foi... Porém, eu sabia q o Senhor era capaz de fazer infinitamente mais do que pedimos... infinitamente mais do que merecemos... e continuava esperando nEle...
O tempo foi passando... e nos pegamos em sobressalto ao ver que o problema do meu marido havia piorado drasticamente... seu urologista afirmava que cirurgia não adiantava... que ele estava engrenando um caso sério que acarretaria em breve esterilidade. Nossa única chance seria um tratamento de reprodução assistida... Choramos muito... muito mesmo... e nos colocamos a orar e pedir que o Senhor orientasse nosso caminho... o que fazer? Estaria mesmo o nosso sonho chegando o ponto de ter apenas uma chance de se realizar?
Após muitas orações, marcamos consulta em uma clínica na nossa cidade, e passamos com o melhor especialista em reprodução humana da cidade e região. Ele confirmou o que o urologista afirmava... fez cálculos que nos apresentou que, com aqueles dados, nossa chance de uma gravidez natural era de 1,14% por ciclo de tentativa...
Depois de muito orar e ver as portas sendo abertas por Deus (financeiras, inclusive), marcamos o tratamento para início em outubro... cheios de esperança e muita fé de que Deus permitiria que o melhor acontecesse em nossas vidas. De forma impressionante, passei por todos os estágios do tratamento com muita calma, com muita paz... Doeu em meu coração o diagnóstico de outro sério problema: numa ultrassom de rotina durante o processo de indução de ovulação, foi diagnosticado um cisto de endometriose em um dos meus ovários... isto poderia justificar os poucos folículos que se desenvolverem, apesar da minha pouca idade (28 anos na época). Senti mto aquele diagnóstico... pois conhecia pessoas que sofriam muito com esta doença... mas clamava ao Senhor para que me desse paz... precisava enfrentar com serenidade tudo aquilo... não por mim... mas pelos filhos que buscava com o tratamento.
Oramos muito... não apenas eu, meu marido, meus pais e amigos... mas toda a comunidade se colocou em oração pelo meu tratamento... me sentia revestida de tanta paz... de tanta certeza que meu sonho estava mais perto do que eu imaginava... não tenho palavras, até hoje, para agradecer a cada uma... E me pego agora, em lágrimas, ao lembrar de cada msg no meu diário, nos meus scraps... no meu celular... Quantas vozes anônimas em meu celular, me dando força no dia da aspiração dos óvulos... quando soube que tinha quatro embriões... quando transferimos três... e durante os 12 dias de espera pelo resultado do tratamento... Só Deus para recompensá-las...
E veio o resultado em 14 de novembro: beta valor 12 – indeterminado. Segundo meu médico, duas possibilidades deveriam ser consideradas: a nidação (fixação do(s) embrião(ões) tinha acontecido, mas algo provocou um aborto depois... ou estava acontecendo um descolamento... eu deveria repetir o beta em dois dias... Mas no meu coração, já sentia que meus bebês não estavam mais no meu útero...
Chorei muito, muito mesmo... era como se toda a expectativa tivesse, de forma tão rápida, virado pó... No dia seguinte, de forma que, até hoje, não sei explicar, me sentia muito segura... apesar da imensa e indescritível dor... Dois dias depois, repeti o beta e o valor realmente baixou, confirmando o “micro-aborto”.
Poucas coisas me marcaram tanto neste dia, como uma conversa que tive com a Elaine, aqui da comunidade, via MSN... ainda não sabia o resultado do segundo beta, mas lembro de comentar com ela que sentia que, mesmo que não fosse naquele momento, meu milagre estava perto.
Quanto me submeti ao tratamento, pela primeira vez na minha vida, consegui olhar para a minha barriga e imaginá-la crescendo, com uma nova vida em meu ventre... tinha fé de que isto era possível... bastava o tempo de Deus...
A dor era imensa e me reerguia a cada dia, com o consolo que só Deus pode, de forma eficiente, nos dar... Paralelamente a isto, estava praticamente desempregada... pela primeira vez na minha vida, tudo aquilo que me dava uma “pseudo segurança”, havia desmoronado: não tínhamos mais dinheiro para tentar um novo tratamento de imediato... a situação do meu marido estava piorando e caminhando para esterilidade... eu sabia que tinha, agora, um cisto de endometriose, que me obrigaria a interromper a menstruação para que esta doença não se alastrasse e contaminasse outros órgãos... estava a beira do desemprego, depois de trabalhar 12 anos ininterruptos... o emprego do Denis também se apresentava na corda bamba... estávamos no nosso limite...
Sempre pensei que numa conjuntura como esta, eu estaria péssima, depressiva e nervosa... mas não... como disse a algumas, “quando sou fraca é que sou forte”... Eu chegava no meu limite... agora Deus poderia agir... aos olhos humanos, poderia me desesperar, chorar... não conseguia enxergar o que vinha à frente da estrada... tudo estava muito escuro... e como explicar o fato de não sentirmos medo??? A resposta é simples: não conseguíamos ver o que vinha à frente... se a estrada era longa ou curta... mas conseguíamos ver que Deus nos acompanhava... e sua presença bastava para inundar de paz nossos corações.
Viajamos em 30 de dezembro... e era como se deixássemos para trás toda a dor daquele ano tão difícil... Na virada do ano, que passamos na praia de Guaratuba, litoral do Paraná, enquanto todos festejavam com bebidas e fogos, Denis e eu entramos o ano abraçados, em oração... e o primeiro pensamento que elevamos a Deus, em oração, foi um pedido para que o Senhor nos fizesse pais, da forma como Ele entendesse que era a melhor... logo agradecemos pelo sustento do Pai em todos os sentidos de nossa vida.
Quando voltamos a nossa cidade, conforme vocês devem ter notado em meu diário, fiquei um tempo ausente... o Denis ficou em férias ainda mais uma semana... Era a primeira vez, em três anos, q ele conseguia parar três semanas... e também tinha sido um ano muito difícil em seu trabalho.
Me sentia tão feliz... ao lado do meu marido, organizando nossas coisas... Não queria nem conversar sobre um novo tratamento... um dia o Denis fez uns cálculos e me disse que talvez pudéssemos fazer um novo tratamento em março... mas sentia uma dor imensa no meu coração ao pensar nisto... conversei até com algumas amigas sobre este assunto... e ao contrário da outra vez, q tinha muita segurança que poderia dar certo, ao pensar agora em passar por tudo aquilo novamente, vinha claro em meu coração que não daria certo... não era a vontade de Deus para aquele momento...
Fiz planos de voltar a estudar... em vez de sofrer imensamente por estar em casa sozinha, quando o Denis voltou das férias, sentia um prazer imenso em cuidar das minhas coisas, curtir a minha casa... deixar tudo do meu jeito... ter uma rotina de alimentação mais saudável... ao mesmo tempo, até me sentia culpada por não estar indo procurar um novo emprego e ainda me alegrar em ficar em casa (rs). Mas tinha sido um ano tão difícil o que passou... conciliando mandato e campanha eleitoral... que ainda me sentia esgotada.
Estranhamente, comecei a escrever no meu diário – e também a comentar com algumas amigas – que sentia no meu coração que aquela situação de ficar em casa só arrumando minhas coisas, como dona de casa, era por pouco tempo... sentia que devia aproveitar ao máximo aquele momento, pois as coisas não ficariam assim por muito tempo... depois procuro no diário para saber em que dia fiz este comentário... mas sentia Deus falando ao meu coração para eu continuar em paz... que Ele estava no controle de tudo... e algo grande estava prestes a acontecer... Até comentei no diário que não entendia se isto se relacionava a um novo emprego ou até uma gravidez, um novo tratamento...
Não sei se cheguei a comentar no diário... mas outra coisa acontecia conosco: queríamos ser pais... e começamos a orar muito pedindo a Deus que nos mostrasse o que Ele tinha para nós... e se adoção era um plano do Senhor p/ nossas vidas, que Ele nos mostrasse... Antes eu queria engravidar... agora, eu queria um filho... da maneira como o Senhor quisesse me mandar.
Segui em paz... feliz... mas também não abandonei a minha saúde: no final do ano havia feito aquele exame de sangue que fica endometriose. O resultado foi 19,39 e parecia que a doença estava confirmada. Agora faltava fazer um US transvaginal que minha médica havia solicitando c/ um médico específico da Unimed, para fazer assim que a menstruação parasse... Como ele era muito concorrido, consegui marcar em novembro para janeiro... calculando meu ciclo...
Minha menstruação estava marcada para 19 de janeiro... e o exame, para 23 de janeiro. Acontece que, neste mês, relaxei tanto que acabei esquecendo de tomar a progesterona extra que tomava desde que esta insuficiência havia sido identificada... tomava do 21º ao 25º dia do ciclo... desta forma, a menstruação não atrasava... Mas eu esqueci.... não tomei um só dia sequer... e, com isto, sabia que a menstruação atrasaria... o que, de fato, aconteceu...
Em 21 de janeiro, vi uma pequena, mas mto pequena msm manchinha no papel... e já pensei que, com a vinda da borrinha, a monstra se aproximava... realmente não daria para eu fazer o exame no dia 23, pois estaria menstruada... Fiquei chateada por esperar mais um mês para identificar a proporção da endometriose... mas...
Chegou dia 23 e o sangramento ainda não tinha aparecido... a borrinha que normalmente tinha era marrom bem escuro... e ia aumentando a cada dia, até que descia... mas esta aparecia como uma única gotinha ao longo do dia... de cor de “leite com chocolate”, envolta num corrimento transparente... como não aparecia sempre, decidi arriscar e ir fazer a US na data marcada (sexta da semana retrasada). Caso não desse para ver o foco da endo, como tinha consulta marcada com um especialista nesta doença em 30/01, ele me pediria novo exame...
Fiz a US transvaginal e a conclusão foi um cisto no ovário esquerdo, que poderia ser considerado endometriose... o resto estava tudo ótimo... endométrio bem fino, de forma que pensei que a menstruação estava muito próxima mesmo.
Dez dias se passaram com a “pseudo borrinha”... 40º dia do ciclo e dia da consulta com o especialista em endometriose. A TPM tomava conta do meu ser... eu chorava por pouco... sentia um princípio de cólica, tomava remédio p/ cólica, esperando q a menstruação fosse chegar com ela... e nada... seguia “faxinando” a minha casa: limpei todos os armários da cozinha... subi em escadas altas, limpei o closet, limpei fornos com querosene... deixei edredons e demais roupas de molho em alvejantes... enquanto fazia isto, em plena TPM, era como se fizesse uma limpeza e organização interna...
Sexta passada fui ao especialista em endometriose. Contei a ele todo o meu histórico de tentativa para engravidar... falei sobre o tto... sobre o problema hormonal que se apresentava agora... ele falou que não deveria me preocupar, pois era conseqüência do tto ainda... afinal, eu tinha tomado muitos hormônios e estava apenas no 2º ciclo depois de tudo...
Olhou os exames da endometriose e disse que não dava para afirmar que era esta doença só por aquela imagem... disse q achava até q não era... Me perguntou quando eu pretendia fazer novo tto... eu disse q primeiro queria saber a opinião dele... mas talvez em março... ele disse q msm q fosse endometriose, ele só operaria se tivesse com 5 cm ou mais... o cistinho tinha uns 2 cm +/-. Chamou a enfermeira e falou que faríamos uma US para ver como estava este cisto naquele dia do ciclo, com a monstra se aproximando...
Fui preparada para US na barriga mesmo... enquanto isto, ele falava para eu repetir o tto o mais rápido possível, pois todos os meus órgãos estavam limpinhos pela US q levei pra ele ver e q tínhamos mtas chances de conseguir agora, pq era mais fator masculino mesmo...
Passou o gel na minha barriga... e eu clamando a Deus p/ q a endometriose ñ tivesse crescido... de repente, eis que ele se mexeu todo na cadeira... e, num sobressalto, me perguntou: “Espera aí... você já fez um tst de gravidez?”. E eu lá, deitava, achei q ele estivesse brincando comigo e disse q ñ... Ele virou o monitor para mim e disse: “ESTOU VENDO UM SACO GESTACIONAL EM SEU ÚTERO”...
Comecei a tremer toda... as lágrimas escorriam de meus olhos... eu nem conseguia falar direito... falava que não podia ser... que tinha feito uma US há uma semana... q ñ tinha nada... e ele me mostrava uma bolinha preta no monitor e repetia “Está aqui, não sou eu q estou falando, olha aqui...”
E eu ainda alegava “Mas meu endométrio estava muito fino, não tem como...”. E ele falou q até poderia ser um caso raro de foco de endometriose... mas q, pela experiência dele, era um bebê mesmo... Mediu a imagem e disse que era compatível com gestação de cinco semanas. Me pediu um beta e uma Us transvaginal... E eu só sabia pedir desculpas pelo meu estado... rs... Falei para a enfermeira, quando ficamos sozinhas na sala, que estava assim porque há dois meses havia passado por um tratamento super desgastante para engravidar e q não tinha dado certo... e que depois disto, o médico especialista disse que, por conta da endometriose, nossa chance de uma gravidez natural era de 0,99% apenas.
Nem sei como, mas peguei a guia e desci ao laboratório... o resultado sairia às 18h e era umas 15h... Dirigi até uma farmácia e comprei um clearblue... Quase bati o carro por três vezes... nem sei como cheguei em casa... não podia acreditar que tudo aqui estava acontecendo comigo... Fiz o teste... ao mergulhá-lo na urina, em menos de 10 segundos um sinal de “+” bem forte apareceu... eu quase desmaiei... vim para o escritório, pois minha faxineira ia limpar o quarto, me ajoelhei e agradeci a Deus... ñ seu descrever aquele momento... era o meu milagre chegando... o tempo de Deus na minha vida... a maneira linda do meu Pai me surpreender e mostrar ao mundo que quando tudo diz que não, Ele diz que sim... pois Ele é o Deus do impossível... e estava fazendo o impossível em minha vida...
Às 18h45 cheguei no laboratório para pegar o resultado do beta: eu não tinha dúvidas: POSITIVO!
Num trânsito terrível, pois havia chovido no final daquela tarde, cheguei em casa apenas 10 minutos antes do horário do Denis chegar... Peguei uma cx de presente que tinha aqui, coloquei por baixo os dois testes... uma folha de seda e um bilhete escrito:
“De duas vidas que se amam, uma nova se fez: pelo milagre de Deus... hoje... eu e você somos três! Parabéns papai! Nós te amamos!”...
Quando o Denis chegou, disse q tinha um presente pra ele... imaginem só a sua reação... rs... ficou zonzo... perguntou se era vdd msm... pedi pra ele ver os testes... depois disto, estávamos lá sentados no sofá, em lágrimas, risos, abraços, beijos e agradecendo a Deus por nosso milagre...
O cântico que me vem à mente neste momento é aquele que diz:
“Sua hora é perfeita, sua maneira, a mais linda... seja feita a sua vontade, eu só quero a sua vontade... assim na Terra, como no Céu”...
Era impossível... mas Deus fez o milagre... Não tenho palavras para agradecer... Deus é maravilhoso... minha sorte foi restaurada pelo poder do amor do Pai... e por mais que eu tente, não consigo agradecer da forma tão intensa como gostaria... me derramo diante do Pai, em lágrimas e louvores de agradecimento... pois Ele foi fiel...
“Canta ao Senhor um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas... A misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade sobre os que o temem e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem... Bendizei ao Senhor, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendizei, ó minha alma, ao Senhor”Aconteceu um milagre em minha vida... e pode acontecer na sua... Espere no Senhor, clamando por sua misericórdia... e se lembrando que NADA, absolutamente NADA é impossível para o Deus que fez a mim e fez a você também! Para o Deus que enviou seu filho Jesus para morrer na cruz em nosso lugar. Não desistam ou murmurem na primeira dificuldade... pois nada é impossível para o Deus que te ama...
Da mesma maneira que, agora, clamo ao Senhor para que cuide deste bebê que se desenvolve em meu útero, peço ao Senhor que realize nesta comunidade mais e mais milagres... e que estes casos sirvam para engrandecer
o seu nome e levar àqueles que estão fracos, oprimidos e sem esperança, a palavra da Salvação, o testemunho real do poder de Deus... e da forma como Ele atua milagrosamente na nossa geração...
Eu amo todas vocês! Obrigada, obrigada, obrigada... paro por aqui... já cansada do escrever... rs... e sentindo o estômago todo revirado... mas glorifico ao Senhor por isto!
”O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê paz” (Números 6:24-26)“Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-lhe Suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e ocoração de vocês na calma e tranqüilidade, à medida que vocêsconfiam em Cristo Jesus" (Filipenses 4:4-7).